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Terapias e artesanato contribuem no atendimento de criança autista

Daniela Aparecida Soares saía de casa todos as manhãs para voltar apenas no fim da tarde, e deixava a filha, Yasmin Carolina, de quatro anos, com uma babá. Naquela época, ela não sabia da condição da filha, apesar de notar alguns indícios. Com o diagnóstico de autismo, o artesanato surgiu com uma terapia. Com a atividade em casa, o desenvolvimento no comportamento de Yasmim registrou resultados positivos e a produção de peças artesanais virou fonte de renda para a família.



Após a confirmação do diagnóstico, Daniela procurou atendimento especializado para a filha, tanto no Instituto Helena Antipoff (IHA) quanto através do Sistema Único de Saúde (SUS).


“Desde bebê eu notava uma diferença nela. A vaga no IHA saiu mais rápido do que no SUSe hoje estamos realizando atendimento no instituto”, explica.


Desde então, Daniela leva a filha à instituição, onde Yasmin recebe atendimento de terapia ocupacional, fonoaudióloga, fisioterapia e psicóloga - e atendimento médico regular. O início não foi fácil, conta a mãe. A menina chegava agitada e indisposta a participar das atividades. Com o tempo, a situação mudou.


“Hoje, ela já levanta da cama esperando a roupa para participar das terapias”, detalha Daniela.

Mudanças


O diagnóstico transformou a rotina de ambas. O tempo com a filha passou a ser ainda mais importante para “manter os cuidados dela”, cita a mãe.


“Quando eu trabalhava com vendas ficava o tempo todo fora”, comenta.


Diante do diagnóstico, Daniela abriu mão do trabalho e da babá para passar mais tempo em casa.


“Ela [Yasmin] precisa de cuidado especial que só a gente que é mãe sabe”, destacou.



Parceria


Assim como o instituto transformou a vida de Yasmin, o Helena Antipoff também contribui para a nova rotina de Daniela. Ao conhecer sua história, o IHA propôs a venda de produtos artesanais, produzidos por ela - que já tinha experiência na área.


“Eu vi uma possibilidade de ter uma renda mesmo que pequena junto com ela vai ajudar como uma terapia porque é uma ocupação. O artesanato se tornou uma profissão por causa do autismo dela”, explicou Daniela.


O trabalha, ressalta, vai além de uma profissão: é uma forma de incentivar o desenvolvimento da filha.


“É uma terapia para nós duas. Ajudou ela, principalmente, na questão das cores. Além disso, passamos o tempo conversando, ela me ajuda e fica muito tranquila durante esse período. Ela se desenvolveu muito. Ela tem amor pelo artesanato tem prazer em vim comigo e ir para as oficinas”, compartilhou.





E os avanços já foram sentidos não apenas pela mãe, mas pelos próprios profissionais que ajudam o tratamento de Yasmin.


“Os profissionais comentam comigo a evolução do quadro, que ela melhorou o espectro, a fala. O que ela faz hoje ela ia fazer com oito ou nove anos”, revela Daniela, com alegria.


Ela ainda agradece o acolhimento oferecido pelo instituto e o carinho da equipe.


“Se eu fosse pagar pelas terapias eu não ia ter condições fica muito alto o custo mensal. Aqui, sempre que eu preciso eu recebo apoio”, destaca.


Produtos


Dentre os materiais produzidos, estão: bijuteria, peso de porta, brinco, pulseira, quadrinhos de CD, borboletas de lata e outros. Alguns dos objetos (a maioria reciclados) já estão, inclusive, com decoração especial de Natal. Para mais informações, basta entrar em contato através do (37) 3221-2001.




O instituto


O Instituto Helena Antipoff é gerenciado pelo Lions Clube Pioneiro. É uma entidade assistencial sem fins lucrativos fundado em 1970, que oferece diversos serviços às pessoas com deficiências intelectual, múltipla e do espectro autista de Divinópolis e região.


Para contribuir com a instituição, localizada na rua do Cobre, 697, no bairro São João de Deus, basta acessar o site institutohelenaantipoff.org.br/doacoes ou pelo telefone (37) 3221-2001.

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